terça-feira, 14 de maio de 2013

A nova cara da Virada Cultural.


O secretário municipal de cultura Juca Ferreira apresenta Virada Cultural 2013 e diz que será maior e mais estruturada, comparada as edições anteriores.

Texto: Katia Russões/João Ferreira
                 
                                                                                                   Foto: Divulgação

Esta semana acontece a nona edição da Virada Cultural e a primeira na gestão do prefeito Fernando Haddad, e segundo o seu secretario de Cultura, Juca Ferreira as apresentações da virada ficarão consolidadas na região central da cidade e nas unidades do (Serviço Social do Comercio) SESC.

O secretário apresentou a Virada Cultural 2013 numa entrevista aos alunos e convidados do programa Repórter do Futuro, Juca contou que a estrutura da Virada Cultural está 25% maior em relação ao ano passado, com mais atrações e espaços. Serão 120 lugares para apresentações, 900 atrações e 10 milhões de reais gastos, além de uma estrutura baseada em grandes eventos de carnaval com mais investimento em segurança, transito e saúde.

  Foto: Katia Russões 
Secretário da cultura apresenta a virada cultural aos futuros  jornalistas

Para dar um suporte na estrutura do evento e não cometer os mesmos erros da gestão anterior à secretaria da cultura resolveu criar uma espécie de curadoria colegiada e convidou nomes importantes, profissionais que atuam na cidade de São Paulo em diversas áreas culturais. Ao todo são nove curadores que deram auxilio á prefeitura na escolha dos artistas que se apresentarão na Virada Cultural: Alex Antunes, Alexandre Youssef, Giselle Beiguelman, José Mauro Gnaspini,Marcus Preto,Maria Tendlau,Pena Schmidt, Sergio Vaz e Tião Soares. 

O SESC também é uma das parceiras da Virada Cultural este ano, está financiando alguns eventos fora das unidades como as apresentações dos americanos do Black Star e da lenda do funk George Clinton & P.Funk, que farão shows no Palco Júlio Prestes, uns dos maiores palcos da virada e chamado por Juca de “palco principal”. 

Uma das atrações que ganhou destaque o ano passado mais foi muito criticada pelas pessoas foi à virada gastronômica, que segundo o secretário nesta edição virá com uma infraestrutura melhor, com mais chefes, culinária de boteco e com incentivo para que os bares e restaurantes do centro deixem suas portas abertas para receber o público da virada. 

O stand - up também é outra atração que nos anos anteriores foi um bem recebido pelos participantes continua este ano e terá a presença de artistas como: Fabio Porchat, Robson Nunes, Rafinha Bastos e outros nomes famosos do humor. 

Outras duas novidades são a viradinha cultural que contará com os principais artistas do mundo infantil e as apresentações de alguns cantores de Funk. Terá também na virada, cortejos de cultura popular formados por integrantes de maior parte da cidade de São Paulo, mas com abertura para outros estados. 

Uma novidade em termos de tecnologia será o aplicativo para celular disponível para Android que permite o participante fazer sua própria programação, verificar onde está o próximo palco escolhido e se os shows estão acontecendo nos horários programados. 

A Virada Cultural acontece na região central de São Paulo nos dias 18 e 19 de maio de 2013, para maiores informações acessem o link do  site oficial do evento.

                                Virada Cultural 2013

Um comentário:

  1. Extorsão: nova denúncia sobre a Virada Cultural
    16/05/2012 | Publicado por Renato Rovai em Geral - (1 comentário)
    Após a publicação da série de reportagens sobre o suposto esquema de corrupção na Virada Cultural , várias pessoas entraram em contato com o SPressoSP e a Revista Fórum ou de forma direta com este blogueiro relatando outros casos de corrupção relacionados à Secretaria de Cultura da Prefeitura de SP. O entrevistado que segue foi um deles. E o único até o momento que aceitou dar entrevista, mas resguardando sua identidade.

    O caso dele é curioso, porque revela uma outra prática ilegal. Ele diz que o contrato de um dos trabalhos que fez com a Virada Cultural depois de pronto foi refeito para que se acrescentasse mais 10 mil reais. Que uma produtora o procurou em nome do coordenador da Virada, José Mauro Gnaspini, dizendo que precisava fazer aquela operação para pagar outras contas do evento. Ele aceitou e o contrato foi refeito na secretaria. O dinheiro teria sido entregue para a produtora que intermediou a conversa. Leia a entrevista a seguir.

    Você me contou uma história que gostaria que contasse aqui para a gente poder publicar a reportagem, de que você fez um contrato com a Virada Cultural em uma de suas edições e que teve depois que refazer o contrato para repassar R$ 10 mil para a organização da Prefeitura, no caso para o Zé Mauro (José Mauro Gnaspini, diretor de programação da Virada Cultural), você podia contar de novo essa história para a gente?

    Fiz um contrato e fechado o show enviaram tudo que necessitava, enviei documentação, enviaram a minuta do contrato para assinar e assim que eu enviei tudo de volta me procuraram e me disseram para eu acrescentar, sugeriram acrescentar R$ 10 mil e dar a diferença para a organização da Virada sob a justificativa de que as verbas estavam muito apertadas e não conseguiam atender toda a demanda de produção.

    Ou seja, a justificava que te deram é que aumentariam o teu contrato e você repassaria uma parcela e que aquilo iria para pagar alguma outra ação?

    Que iria para a organização da Virada porque os valores disponíveis não cobriam todos os custos da Virada e que eles precisam fazer esse tipo de expediente.

    E onde entra o Zé Mauro nessa história?

    Entra que a solicitação tinha sido feita por ele. Uma produtora me procurou dizendo que ele havia feito essa solicitação e que era para que eu entendesse, porque as coisas estavam meio complicadas por causa da verba e ele precisava fazer a Virada da maneira que atendesse as necessidades dos artistas. Então que ele precisa desse repasse.

    E em outra ocasião você também foi convidado para fazer alguma coisa na Virada e tentaram algum tipo de achaque?

    Em outros anos, há vários anos, logo nas primeiras Viradas, eu fui sondado para levar um artista e a solicitação da pessoa responsável pela programação de determinado palco me disse que havia a necessidade de dar 10% do valor do cachê para ele. Ai eu não sei se ia para o Zé Mauro, se ia para essa organização do palco, mas eu acho que deve ser um esquema, porque foram as duas únicas oportunidades que tive de me relacionar com a Virada Cultural. Então, não sei se é um esquema institucionalizado de cima para baixo desde o responsável pela Virada, que é o Zé Mauro, e todo mundo paga seu pedágio, ou se é cada um faz do seu jeito, recebe as comissões e as propinas da sua maneira.

    Isso é comum, é algo que sempre acontece em outros eventos ou só aconteceu contigo nesse evento?

    De evento oficial, de órgão público, só aconteceu comigo nesse.

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